DÚVIDAS
Abaixo respondo várias dúvidas em relação a saúde da mulher. Aproveite e repasse para suas amigas para que todas se beneficiem com informações verdadeiras e baseadas em evidências científicas. Se você apresenta alguma dúvida, não deixe de nos enviar pelo formulário de contato.
A origem do câncer de mama se dá no DNA, no gene das células, através de uma mutação. Não sabemos ao certo como ocorre essa mutação. No entanto, há alguns fatores que estão relacionados ao aumento do risco de surgimento da doença. A própria idade é um deles, pois a chance aumenta conforme a mulher envelhece. Menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade (não ter filhos), primeiro filho em idade avançada, não amamentação e uso de terapia de reposição hormonal são fatores associados ao risco. Consumo excessivo de álcool, obesidade na pós-menopausa e sedentarismo também. Os fatores hereditários são responsáveis por até 10% dos cânceres de mama. O risco é maior quando os parentes acometidos são de primeiro grau (pai, mãe, irmãos, filhos).
Infelizmente, não. Os estudos médicos mostram que o auto-exame ajuda, mas não é a principal maneira de se descobrir o câncer e evitar a morte por ele. Entretanto, é importante que a mulher esteja atenta ao seu corpo e conheça profundamente as suas mamas. A recomendação é que, diante da observação de qualquer alteração ou mudança nas mamas, busque imediatamente a avaliação de um mastologista.
O tratamento é envolve várias equipes médicas, ou seja, é definido em conjunto com o mastologista, o patologista, o radiologista, o oncologista clínico, o radioterapeuta. Normalmente, o tratamento inclui a cirurgia e é complementado pela radioterapia e quimioterapia. Podemos começar com a cirurgia ou fazê-la após a quimioterapia. Em algumas situações, utilizamos o uso de hôrmonios específicos por anos após o tratamento.
Quando diagnosticado em fase bem inicial, dependendo do tipo de tumor, há até 95% de chance de cura. Por isso, é importante que toda mulher a partir dos 40 anos faça uma consulta com o mastologista e uma mamografia por ano. Ou, para aquelas que têm histórico familiar, é necessário que as consultas com o mastologista para exame clínico e de imagem sejam feitas a partir dos 21 anos.
Mudar estilo de vida pode reduzir 25% dos casos de câncer de mama. A ingestão excessiva de álcool aumenta as chances de ter câncer de mama. O excesso de peso (obesidade) também é fator de risco, porque significa alteração nos níveis hormonais. O recomendado é que a mulher mantenha seu peso estável nos níveis normais. Ter uma dieta saudável, baseada em frutas, verduras e grãos, evitando as gorduras insaturadas e excesso de açucares ajuda a evitar o desenvolvimento do câncer. Abandonar o sedentarismo e a diminuição da proporção de gordura corporal equilibra os hormônios. Mas isso deve ser feito em ritmo moderado, como uma caminhada mais acelerada por, no mínimo, 30 minutos e 5 vezes por semana.
Existem estudos que demonstram fraca relação entre pílula anticoncepcional e risco da doença. A grande maioria dos estudos médicos mostraram não haver relação do uso de pílulas e desenvolvimento de câncer. Porém, mulher que já tiveram câncer de mama, não devem usar nenhum tipo de anticoncepcional com conteúdo hormonal.